“Até o momento não temos nenhum caso que confirmou aplicação da dose, foi erro de registro. São pessoas que estão ali digitando, então a gente sabe que tem a possibilidade de erro. Agora que liberou as correções, a gente vai poder corrigir”, disse a superintendente de vigilância em saúde de Goiás, Flúvia Amorim.

O trabalho dos pesquisadores Sabine Righetti, da Unicamp, e Estêvão Gamba, da Unifesp, foi publicado pelo jornal “Folha de S. Paulo”. Os dados, aos quais o G1 também teve acesso, indicam que o problema ocorreu com doses de oito lotes da vacina.

Cada dose é o equivalente para imunizar 10 pessoas. Conforme o levantamento, Goiânia é a cidade que teria aplicado um número maior do imunizante fora da data de validade – 60 doses. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também justificou erro no sistema.

“Como Goiânia faz vacinação em locais como drive-thru, onde não é possível lançar imediatamente as doses no sistema ConectSus, os dados são anotados manualmente e depois lançados do sistema. Em alguns casos houve erro neste lançamento posterior, em vez de colocar da data de aplicação, colocaram a data do dia do lançamento”, disse a nota.

Alexânia, no Entorno do DF, teria aplicado 25 doses vencidas, conforme o cruzamento de dados. No entanto, o município informou que enviou os dados ao Ministério da Saúde de forma equivocada e que possui todos os documentos que compravam que não foram aplicadas vacinas vencidas.

“As doses do lote 41202005, que figuram no sistema do Ministério da Saúde, foram lançadas equivocadamente como segunda dose, porém diziam respeito à primeira, realizada mais de 2 meses antes do vencimento da vacina. O sistema não aceita edição de dados portanto não foi possível corrigir a informação”

Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana, também negou que a população tenha sido imunizada com doses vencidas: “O lote citado pela reportagem chegou na cidade no dia 24 de janeiro e foi aplicado no mês de fevereiro. A Secretaria informa que houve um erro no registro da aplicação dessas doses, mas que já regularizou a situação no sistema”.

Caldas Novas, no sul do estado, também apontou erro no sistema: “foram analisados os documentos utilizados para relacionar os dados pertinentes à vacinação e foi constatado que se trata apenas de erro material ao alimentar o sistema de imunização”.

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Fonte: G1 Goiás