Free cookie consent management tool by TermsFeed Generator

Pesquisa inédita traça perfil da enfermagem


07.05.2015

PerfilEnfermagemBrasilia

Os resultados da pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, realizada em todos os Estados, foram apresentados no último dia 6 de maio. Este é o mais amplo levantamento sobre uma categoria profissional já realizado na América Latina e abrange um universo de 1,6 milhão de profissionais. A presidente do Coren-GO, Ivete Santos Barreto; a secretária, Ângela Cristina Bueno; a tesoureira, Marli Ávila; e Marysia Alves, que foi secretária da Autarquia de 2008 à 2014, acompanharam a solenidade.
Com base nessas informações, coletados pela Fiocruz, será possível estabelecer novas propostas de lutas por políticas públicas, embasadas em números científicos e específicos de cada Estado. Ivete Barreto acredita que essa pesquisa inédita chega em momento oportuno para que as entidades de classe, órgãos formadores e gestores, além de todos que compõem a Enfermagem possam conhecer o perfil dos profissionais e ter embasamento científico para propor melhorias. “Nós teremos agora dados e números reais para fortalecer as demandas de políticas públicas que levem em consideração as necessidades dos profissionais que compõem a maior categoria profissional da saúde”, disse.
Uma das conclusões da pesquisa Perfil da Enfermagem é o quadro de profissionais é composto por 80% de técnicos e auxiliares e 20% de enfermeiros. Também foi apontado o desgaste profissional em 66% dos entrevistados e grande concentração da força de trabalho na Região Sudeste (mais da metade das equipes consultadas).
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área de saúde compõe-se de um contingente de 3,5 milhões de trabalhadores, dos quais cerca 50% atuam na enfermagem. A pesquisa sobre o Perfil da Enfermagem, realizada em aproximadamente 50% dos municípios brasileiros e em todos os 27 estados da Federação, inclui desde profissionais no começo da carreira (auxiliares e técnicos, que iniciam com 18 anos; e enfermeiros, com 22) até os aposentados (pessoas de até 80 anos).

Mercado de trabalho – 59,3% das equipes de enfermagem encontram-se no setor público; 31,8% no privado; 14,6% no filantrópico e 8,2% nas atividades de ensino.

Renda mensal – Considerando a renda mensal de todos os empregos e atividades que a equipe de enfermagem exerce, constata-se que 1,8% de profissionais na equipe (em torno de 27 mil pessoas) recebem menos de um salário-mínimo por mês. A pesquisa encontra um elevado percentual de pessoas (16,8%) que declararam ter renda total mensal de até R$ 1.000. Dos profissionais da enfermagem, a maioria (63%) tem apenas uma atividade/trabalho.
Os quatro grandes setores de empregabilidade da enfermagem (público, privado, filantrópico e ensino) apresentam subsalários. O privado (21,4%) e o filantrópico (21,5%) são os que mais praticam salários com valores de até R$ 1.000. Em ambos, os vencimentos de mais da metade do contingente lá empregado não passa de R$ 2.000.

Masculinização – A equipe de enfermagem é predominantemente feminina, sendo composta por 84,6% de mulheres. É importante ressaltar, no entanto, que mesmo tratando-se de uma categoria feminina, registra-se a presença de 15% dos homens.

Profissionais qualificados – O desejo de se qualificar é um anseio do profissional de enfermagem. Os trabalhadores de nível médio (técnicos e auxiliares) apresentam escolaridade acima da exigida para o desempenho de suas atribuições, com 23,8% reportando nível superior incompleto e 11,7% tendo concluído curso de graduação. O programa Proficiência e outras iniciativas de aprimoramento promovidas pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais revelaram ampla penetração, alcançando 94,5% dos enfermeiros e 98% dos profissionais de nível médio (técnicos e auxiliares) que relatam participação em atividades de aprimoramento.

Desemprego aberto – Dificuldade de encontrar emprego foi relatada por 65,9% dos profissionais de enfermagem. A área já apresenta situação de desemprego aberto, com 10,1% dos profissionais entrevistados relatando situações de desemprego nos últimos 12 meses.

Concentração geográfica – Mais da metade dos enfermeiros (53,9%), técnicos e auxiliares de enfermagem (56,1%) se concentra na Região Sudeste. Proporcionalmente à população, que representa 28,4% dos brasileiros segundo o IBGE, a Região Nordeste apresenta a menor concentração de profissionais, com 17,2% das equipes de enfermagem.

Compartilhe

Outros Artigos

Receba nossas novidades! Cadastre-se.


Fale Conosco

 

Conselho Regional de Enfermagem de Goiás

Rua 38 nº 645, Setor Marista, Goiânia, GO, 74150-250

(62) 3239-5300

E-mail geral: corengo@corengo.org.br | Para negociação: boleto@corengo.org.br


Horário de atendimento ao público

segunda à sexta-feira, de 8h às 17h

Loading...