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O enfermeiro como agente fortalecedor da reforma psiquiátrica


17.09.2013

Novo paradigma no modelo de assistência em saúde mental exige um novo perfil profissional

ReformaPsiquiatrica

Três décadas separam as primeiras cobranças pela reformulação da assistência psiquiátrica destinada às pessoas portadoras de transtornos mentais no Brasil até uma efetiva mudança. Somente em 2001 foi aprovada a lei 10.216, mais conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica, que instituiu a Política Nacional de Saúde Mental. A norma redefiniu o modelo de tratamento da saúde mental no País e tem exigido profissionais cada vez mais comprometidos com seu processo contínuo de fortalecimento.
Entre os eixos da nova política em saúde mental está o atendimento ao paciente em instituições de base comunitária que respeitem seus direitos e liberdade e que promovam sua cidadania e inserção social. No lugar do isolamento, prioriza-se o convívio com a família e a comunidade em que ele vive. Atualmente, o atendimento é feito em Centros de Atenção Psicossocial (Caps), residências terapêuticas, consultórios de rua, ambulatórios, hospitais gerais e centros de convivência que acolhem pessoas de transtornos mentais e/ou com problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas. Trata-se de espaços que reúnem equipes multiprofissionais como enfermeiros, psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, professores de educação física, farmacêuticos, entre outros.
Além das atividades elementares, como administração de medicamentos, cuidados com a higiene do paciente e supervisão de equipes de técnicos de enfermagem, o enfermeiro agora alcança maior autonomia. Destaca-se que a atual vice-presidente do Comitê Estadual de Saúde Mental (CESM) é a enfermeira Nathália dos Santos Silva – mestre em Enfermagem e especialista em Saúde Mental, ressalta que a mobilização dos profissionais de saúde da área.
Na enfermagem psiquiátrica, segundo explica Nathália da Silva, os cuidados não são condicionados à rotinas e padrões. Cada paciente necessita de um projeto terapêutico individual, que precisa de desenvolver a relação de ajuda e envolvimento com a sociedade e comunidade para ser estabelecido. “O papel fundamental do enfermeiro dentro desse contexto é na gerência do cuidado, desde a organização da equipe até a escolha de cuidados específicos para cada paciente”, explica a vice-presidente do CESM.
Nathália assinala, entretanto, que as internações não foram excluídas do rol de tratamentos disponíveis em saúde mental pelo SUS. Pacientes em surto, que ofereçam risco para si e outras pessoas, podem ser internados desde que todos os outros recursos extra-hospitalares disponíveis tenham sido usados. A meta é substituir progressivamente, ao menos na rede pública, as internações em hospitais psiquiátricos por hospitais gerais ou Caps III.
Um dos grandes desafios da reforma psiquiátrica é a formação de recursos humanos. A demanda por profissionais qualificados é alta e esbarra na escassez de pessoas interessadas em buscar uma formação específica. Como atrativo, Nathália menciona a crescente abertura de vagas neste segmento. Prova disso é a inauguração acelerada de novos Caps, principalmente no interior do Estado. Atualmente, em Goiás, há 52 em funcionamento. Aos interessados, o primeiro passo é reconhecer suas competências interpessoais e procurar formação específica em Saúde Mental. (Colaboradora: Nathália dos Santos Silva)

Mobilização Estadual – A representante do Coren-GO e vice-presidente do CESM, enfermeira Nathália dos Santos Silva,explica que o objetivo do grupo é estabelecer um canal de diálogo permanente entre diversos setores da sociedade, poder público e escolas sobre assuntos que podem afetar a saúde mental das pessoas, desde violência sexual até o consumo de entorpecentes. “É preciso afastarmos qualquer resquício das práticas manicomiais para assegurarmos atendimento de qualidade e fundamentado no respeito ao paciente”.

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